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Eliana de Sousa Andrade Ladeira
Pesquisadora (Mestranda)

No Limiar da Desconstrução do Medo e a Construção do Desejo de Aprender a Língua Inglesa.

Estudar outra língua suscita no indivíduo reações inconscientes relacionadas com sua língua materna e movimentos em seu aparelho fonético nunca antes experimentado. Sair da zona de conforto e se expor ao ensino-aprendizagem de língua estrangeira é um grande desafio tanto para quem ensina como para quem aprende. Meu objetivo enquanto professora de língua inglesa (LI) é desconstruir a memória discursiva e o medo que os meus alunos trazem para as aulas e construir neles o desejo de falar e comunicar na LI, mostrando que eles não precisam perder seu sotaque em detrimento de um sotaque nativo perfeito, pois não há mais um sotaque nativo de referência para todos aqueles que aprendem e ensinam o inglês como língua estrangeira. Para isso, propus a leitura e a produção escrita colaborativa do final do conto de fadas “Little Red Riding Hood”, no qual eles teriam que trabalhar em grupos, dar voz criando um final feliz ou infeliz para o conto.  Sair da rotina e estimular os alunos a fazer uma atividade colaborativa e cooperativa motivou a criatividade e o interesse deles para falar e comunicar na LI. Logo, buscar novas formas de ensinar/aprender a LI – seja em cursos de formação continuada, ou, por meio da interação com seus pares - é o caminho para tornar o ensino-aprendizagem mais envolvente e motivador. 

Fabiane Lemes
Pesquisadora (Doutoranda)

VIGIAR, EDUCAR, ‘PUNIR’: corpos violentados

A partir das formas de identificação do corpo da mulher na sociedade contemporânea, visto como um objeto para o olhar e o poder masculino pela vertente machista, submetido a formas de controle e disciplinarização, nesta pesquisa, objetivamos mapear e identificar a produção disciplinar desse corpo, partindo do filme Mulher-Maravilha, nossa materialidade de análise, junto a HQs da mesma personagem.  Para tanto, pautar-nos-emos em uma abordagem inter/transdisciplinar que abrange a Linguística Aplicada (LA) e a Análise do Discurso de linha francesa. Esta tese surge de uma inquietação não apenas quanto ao “ser mulher” biológico, político e cultural, mas também quanto ao corpo feminino em suas formas concretas, o qual é coisificado, isto é, objetificado, disciplinarizado, cultuado, idealizado em suas formas “perfeitas” e, acima de tudo, erotizado pelo olhar masculino. Por conseguinte, este trabalho justifica-se por contribuir com as pesquisas discursivas que abarcam a mulher e o feminino como corpo de identificação na sociedade ocidental moderna, o que o justifica, em parte. Além disso, possibilitará uma análise capaz de erigir posicionamentos e compreender como as questões históricas interferem na subjetivação do sujeito que, em busca de aceitabilidade, pode tornar-se resiliente ao contexto.

Fabiene de O. Santos
Pesquisadora (Doutoranda)

CARTOGRAFIA DO ACOLHIMENTO E DA RELAÇÃO DE FALAR COM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: MAPA ABERTO AO DEVIR

Este projeto busca verificar como funcionará a relação dos participantes com a interface IA na emergência da fala na LE no laboratório virtual. Partimos do pressuposto de que, tal como na sala de aula presencial tradicional, para que o ensino e a aprendizagem da LE aconteçam, os sujeitos aprendentes devem ser interpelados e afetados na relação didático-pedagógica, em especial atualmente, com as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), na relação didático-pedagógica-tecnológica, e com a IA no virtual. Objetivamos (1) mapear e analisar como foi a relação de falar com Inteligência Artificial na pilotagem do laboratório virtual, subjetividades e sentidos; (2) investigar e compreender o funcionamento, impactos e como afeta/afetou a relação sujeito-máquina-IA-LI para os envolvidos no laboratório virtual. Nossa hipótese é que, no laboratório Virtual enfocado, afeto e hibridização do sujeito, balizados pela tríade ciência-conhecimento-ética, se apresentam na discursividade, com o visível e o dizível, na relação de falar com IA. Nosso corpus de análise se constituirá dos dados coletados com a observação e a cartografia do espaço, tempo ou território de navegação/formação e de entrevistas com participantes e sujeitos que se relacionam com teorias e práticas do laboratório, voluntariamente. A fundamentação teórica é de cunho transdisciplinar, sendo alicerçada na Linguística Aplicada, a partir de pesquisas de Hashiguti, Moita Lopes; na Análise do Discurso de orientação francesa, à luz de leituras de Michel Pêcheux, com participações de Foucault nas questões de saber-poder, e em outras áreas, com estudos de Mignolo acerca da descolonização, Deleuze e Gattari na busca de referência a respeito do conceito de cartografia e Spinoza para pensar sobre ética e afetos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que busca realizar um mapeamento e encontrar regularidades discursivas no corpus analisado, que permitam entender a relação sujeito com a IA em potência para o desenvolvimento da oralidade na LE. Esse estudo se justifica por possibilitar bases para reflexões para a instituição, para membros da equipe transdisciplinar, os idealizadores e parceiros na implantação do laboratório. Sendo importante no sentido de fomentar fatos que darão luz à compreensão de especificidades do laboratório e das relações sujeito-língua-TICs-IA para a formação docente. Ademais, fornecerá subsídios para outras pesquisas e reflexões sobre a educação, especialmente a distância com apoio das tecnologias e, sobretudo, da Inteligência Artificial.

Palavras-chave: Cartografia. Língua Inglesa. Inteligência Artificial.

 

Giselly Tiago Ribeiro Amado
Pesquisadora (Doutoranda)

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: A TOMADA DA PALAVRA PELO VIÉS TRANSGRESSIVO EM UM LABORATÓRIO VIRTUAL PARA APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA

O presente projeto de pesquisa tem o foco em compreender como os alunos de um curso de graduação em Letras-Inglês na modalidade a distância de uma universidade pública na região Sudeste do Brasil estão aprendendo língua inglesa (LI) mediada pelas tecnologias, em especial com o uso de inteligência artificial (IA) em um laboratório virtual para aprendizagem de LI como língua estrangeira (LE). Este laboratório atualmente está em desenvolvimento e tem como finalidade principal a proposta de contribuição das práticas de oralidade dos alunos, que, através do sistema de IA receberão os feedbacks sobre suas produções orais e maneiras de se expressarem, após terem comparadas suas pronúncias e expressões faciais com os padrões existentes no banco de dados. Partindo da hipótese de que os depoimentos ao serem analisados discursivamente podem contribuir para compreensão de fatores discursivos (e não cognitivos) no processo de enunciação em LI como LE, os dados desta pesquisa serão coletados e analisados segundo a proposta AREDA (Análise de Ressonâncias Discursivas em Depoimentos Abertos), objetivando a discussão sobre como acontecem os processos de aquisição ou ensino-aprendizagem de LE, a partir de categorias teórico-metodológicas da análise do discurso e de uma teoria psicanalítica da subjetividade. Desta maneira, o AREDA será a ferramenta que nos proporcionará a compreensão do funcionamento discursivo nos dizeres dos sujeitos que se constituem na/pela LE. Ao narrarem sobre as próprias experiências os usuários do laboratório virtual para aprendizagem revelarão a maneira como eles percebem a aprendizagem de LI tanto no curso de Letras-Inglês EAD, quanto no laboratório virtual, bem como as relações que estabelecem com a IA e com as NTICs nesses ambientes de aprendizagem. O que importa para a análise dos dados não são as informações transcritas das respostas do questionário elaborado como roteiro AREDA, mas os efeitos de sentidos que ressoam nos dizeres dos participantes. Consideramos que nos depoimentos os usuários do laboratório deixarão vir à tona suas posições ideológicas e subjetivas revelando as relações de poder e as filiações de seus dizeres.

Isabella Zaiden Zara Fagundes
Pesquisadora (Mestranda)

DEEP LEARNING: pelos profundos caminhos discursivos da língua inglesa na inteligência artificial

Este projeto de pesquisa tem o intuito de entender, refletir e problematizar sobre como o discurso é tratado no âmbito da inteligência artificial (IA), assim como, a maneira pela qual ela o processa. Para isso, buscaremos compreender qual é a relação do discurso com a linguagem humana – a linguagem natural – e também com a linguagem de programação – a linguagem computacional, em um diálogo constante com a análise automática do discurso (AAD) pecheutiana e a linguística aplicada. Para que nos capacitemos a analisar como acontece o entendimento da linguagem natural, e consequentemente do discurso dentro da IA, nosso corpus serão os enunciados das(os) usuárias(os) do Laboratório Virtual para Aprendizagem de Língua Inglesa (LI) a distância (UFU), mediante permissão concedida, previamente, por elas(es) e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos – CEP/UFU. O laboratório tem como objetivo compor um banco de dados (BD) de pronúncias de fonemas, morfemas, palavras, sentenças e textos em LI, além de um BD que irá armazenar as expressões faciais dessas(es) usuárias(os) ao pronunciarem a LI, para serem utilizados e analisados pelo sistema de inteligência artificial do laboratório, e desta maneira ser possível estabelecer um padrão de pronúncia e de expressões faciais.

Mariana Ruiz Nascimento
Pesquisadora (Doutoranda)

Uma análise discursiva da representação da mulher em livros didáticos de língua inglesa

Considerando as discussões sobre o papel e o lugar da mulher na sociedade, o fato de o livro didático ser um influente recurso de ensino que transmite valores e ideologias, expressa-se uma inquietação sobre como a imagem da mulher tem sido construída e vinculada nos livros didáticos aprovados pelo Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD). Esse trabalho se propõe a identificar as representações de mulher e os papéis que são atribuídos a ela nos livros didáticos do PNLD 2018; analisar e problematizar as vozes e efeitos de sentido que sustentam essas representações; e discutir possíveis desdobramentos para os processos de ensino-aprendizagem de língua inglesa e a relação do sujeito com os sentidos sobre a mulher construídos nos livros didáticos. Para isso, a pesquisa se fundamenta em uma perspectiva decolonial e discursiva, mais especificamente da Análise do Discurso Francesa (ADF) e Análise Dialógica do Discurso (ADD), e nos estudos da Linguística Aplicada. Essa pesquisa pode contribuir para o processo de construção de materiais didáticos ao encorajar o questionamento e a reflexão sobre a escolha de imagens e textos para a elaboração e ilustração de materiais didáticos, principalmente no que diz respeito à representação da mulher e o seu lugar ocupado na sociedade. Além disso, ela desempenha um papel relevante na formação de professores ao incentivar a problematização dessas imagens pelo professor de língua inglesa durante as aulas, ou até mesmo durante o processo de desenvolvimento de seu próprio material. E, por fim, esse trabalho dá visibilidade aos estudos que consideram a imagem dentro de uma teoria discursiva ao fomentar as construções teóricas acerca de possíveis gestos de interpretação.

Rogério de Castro Ângelo
Pesquisador (Mestrando)

DIFICULDADES DE TOMADA DA PALAVRA DOS(AS) ALUNOS(AS) PARA A PRODUÇÃO ORAL EM LÍNGUA INGLESA

Ao mesmo tempo em que estudantes de Língua Inglesa (LI) discursivizam uma vontade de falar inglês ao iniciarem um curso de idiomas, ao longo das aulas, raros são aqueles que se arriscam na produção oral na língua-alvo. Propomo-nos a pesquisar por que os(as) estudantes de Língua Inglesa não se sentem autorizados(as) a tomar a palavra para a produção oral em Língua Inglesa. O que nos interessa, neste trabalho é pesquisar justamente essa dificuldade, às vezes chamada de bloqueio, que os(as) alunos(as) apresentam em relação à prática oral em Língua Inglesa. O trabalho que estamos nos propondo a realizar inscreve-se na Análise do Discurso (AD), mais especificamente, buscaremos suporte na linha francesa como praticada no Brasil. O princípio pelo qual seguiremos é o estudo sobre o discurso tal como preconizado por Michel Pêcheux (1997), que estabelece relações existentes no discurso entre língua, sujeito, história e ideologia. Recorremos também ao pensamento de Mikhail Bakhtin (2016), que trata da questão da polifonia, ou seja, as diversas vozes que atravessam os enunciados. Tomamos como proposta metodológica a proposta AREDA (Análise de Ressonâncias Discursivas em Depoimentos Abertos) (SERRANI-INFANTE, 1998), que nos permitirá analisar como os(as) alunos(as) de um curso de idiomas enunciam sobre sua relação com a língua estrangeira e nos possibilitará buscar as regularidades enunciativas que permitam compreender como suas concepções sobre a inscrição no processo de aprendizagem da Língua Inglesa podem facilitar (ou não) o processo de tomada da palavra para a prática oral. Além disso, tentaremos compreender em que medida as diversas experiências de aprendizagem de línguas interferem na forma como esses sujeitos enunciam essa dificuldade de tomada da palavra. Para tanto, partimos de uma perspectiva transdisciplinar que abrange os conceitos de tomada da palavra (SERRANI-INFANTE, 1999), pós-colonialismo (SPIVAK, 1988) e dialogismo (BAKHTIN, 2016).

Palavras-chave: Tomada da palavra. Ensino-aprendizagem de Língua Inglesa. Produção oral. Polifonia.

San Thiago de Araújo e Silva
Pesquisador (Mestrando)

Sexualidade, Gênero e Estereótipos / Educação a Distância

Estudamos sexualidade e gênero através de representações e autorrepresentações de não-heterossexuais, atentando-nos, de forma especial, aos processos de estereotipagem que levam em consideração a aparência física. De modo que, colocando em contraste representações e autorrepresentações, visamos constatar se existem diferenças em ambos imaginários representacionais que podem sustentar a ideia do que popularmente se conhece como gaydar, isto é, um radar exclusivamente de homossexuais que permite que se auto-identificarem. Além disso, investigamos como a Educação a Distância tem sido objetificada em discursos sobre educação e educação superior a distância, através de revisão bibliográfica, coleta e análise de postagens sobre EaD que circulam na rede digital on-line, tentando responder às seguintes perguntas: 1) Na era da informação, ainda existe uma resistência aos cursos de graduação ofertados pela modalidade de educação a distância? E; 2) Se sim para 1), em que sentidos e discursos se sustenta essa resistência?