2017

  IV CID – IV Colóquio do Grupo de Pesquisa O Corpo e a Imagem no Discurso: Como somos/fazemos corpo na contemporaneidade?

07 e 08 de junho de 2017 – Uberlândia – MG – Brasil

A quarta edição do Colóquio do Grupo de Pesquisa O Corpo e a Imagem no Discurso convida pesquisadores de diferentes áreas para debater a questão (des)dobrada: “Como somos/fazemos corpo na contemporaneidade?”. A pergunta visa ensejar reflexões sobre como nos vemos, nos significamos, nos dizemos e nos mostramos como corpos nos espaços presenciais, digitais e midiáticos da contemporaneidade e sobre como fazemos corpo social ao nos unirmos com outros corpos, isto é, como nos constituímos “nós” nessas variadas formas e espaços de significação. Para se alçar a um “nós”, o eu pode se filiar a grupos em redes sociais tão rapidamente quanto pode se desfiliar; pode criar raízes em grupos que se identificam por aspectos ou temas culturais e políticos que permanecem ao longo das décadas ou que existem somente enquanto estão em circulação na mídia; ou pode ser solto e passar por diferentes grupos sem nunca se estabelecer em algum. Além disso, os acontecimentos políticos recentes – as eleições e os eleitos em vários lugares do mundo, as manifestações sociais, os extremismos, separações e uniões jamais pensadas, os discursos e as práticas de amor e de ódio – nos fazem refletir sobre um momento em que (nos) significamos numa dinâmica constante de aproximações e distanciamentos, intimidade e estranhamento, profundidades e superficialidades. Eu e(m) nós. A ambiguidade da palavra “nós” abre a possibilidade de pensarmos sobre o individual que se faz singular por sua conexão com outros, se tornando, então, parte de vários “nós”, sua forma plural, e, ao mesmo tempo, remete aos “nós” da história e dos discursos, em sua maior ou menor firmeza e como pontos moventes de uma rede maior regida por relações de força. Em nossa proposta para o evento, queremos manter essa ambiguidade e a deixamos em seus efeitos nas linhas temáticas. A dupla questão – ser/fazer corpo –, pensada em seu batimento, remete, portanto, às relações humanas e de linguagem, à história e às tecnologias, a raízes, como discutido por Simone Weil, por exemplo, e a rizomas, como discutido por Gilles Deleuze e Felix Guattari. A complexidade ímpar das relações eu-nós, hoje, como as compreendemos, demanda uma intelectualidade criativa e múltipla, capaz de relacionar teorias diversas e transgredir posicionamentos estanques. Incentivamos submissões de trabalhos nas áreas de: discurso, multiculturalismo, pós-colonialismo, linguística aplicada, filosofia, literatura, comunicação.

Como em outras edições, propostas de comunicação em língua inglesa também são aceitas para apreciação. Neste caso, solicitamos que seus proponentes compreendam português falado para poder acompanhar as apresentações dos demais pesquisadores, caso suas propostas sejam aprovadas. As comunicações nesta língua serão agrupadas para debate.

Os trabalhos submetidos para o evento devem necessariamente abordar o tema proposto e discutir o corpo e/ou a imagem e o discurso em suas relações.

Linhas temáticas

  • Eu e nós em redes sociais
  • Eu (e o) estrangeiro
  • Nós dos corpos (a)normais
  • Nós dos sexos
  • Eu e nós máquinas
  • Eu e os nós do cinema
  • Eu e os nós da literatura e outras artes

Pesquisadores Convidados

Antônio Fernandes Júnior (UFG)
Bruno Franceschini (UFG)
Cláudia Marinho Wanderley (UNICAMP)
Cleudemar Alves Fernandes (UFU)
Cristiane Carvalho de Paula Brito (UFU)
Flávia Andrea Rodrigues Benfatti (UFU)
João Carlos Biella (UFU)
Marisa Martins Gama-Khalil (UFU)
Maria de Fátima Fonseca Guilherme (UFU)
Paula Ferreira Vermeersch (UNESP)

Conselho Editorial

Prof. Dr. Cleudemar Alves Fernandes (UFU)
Prof. Dr. Lynn Mario Trindade Meneses de Sousa (USP)
Prof. Dr. Nilton Milanez (UESB)
Profa. Dra. Simone Tiemi Hashiguti (UFU)
Prof. Dr. William Mineo Tagata (UFU)

Organização

Simone Tiemi Hashiguti (UFU)
William Mineo Tagata (UFU)
Giselly Tiago Ribeiro Amado (UFU)
Fabiene de Oliveira Santos (UFU)
Fabiane Lemes (UFU)
Taís Inis de Paiva (UFU)
Maria Aparecida Viegas de Melo (UFU)

Realização

Apoio

         
    

Exposições

Obra: Mercado Branco

A instalação consiste em um cubo ou hexaedro vazado, o sólido geométrico que faz referência à obra de Rudolf Laban, com a dimensão de dois metros por dois metros, onde radiografias e ressonâncias magnéticas, que representam partes do corpo de diversas pessoas, estão penduradas por fios de nylon. A instalação pode instigar a atenção do espectador-experimentador para os espaços entre as estruturas do corpo, percebidos pela transparência das chapas de raio x, que revelam e também ocultam algo. Essa proposta tem o desejo de criar um confronto entre as artes do corpo que buscam a noção do ser integral e a visão fragmentada do corpo influenciada pela medicina moderna. A partir disso, a pesquisa questiona as possibilidades de sentir e pensar sobre como estamos cuidando do corpo. Corpo que se faz radioativo em qualquer circunstância em maior ou menor grau, algo que é possível de ser medido através da frequência radioativa que cada corpo estabelece. Se todo corpo emite radioatividade, a proposta se configura em uma confluência do corpo impresso nas chapas de raio x (fixos e imóveis) com o corpo presente, que pode experimentar a instalação, emitindo radioatividade em frequências variadas e que possui inúmeras possibilidades de movimento. A escuta de si, o cuidado de si e a atenção para si na atualidade, são percepções que estão comprometidas com a noção de corpo fragmentado, e muitas vezes baseados nos diagnósticos médicos. A complexidade da existência humana nos faz refletir como artistas do corpo sobre a unidade do ser.

Concepção e criação: Fabiana Garcez (UFU)

Orientação: Daniella Aguiar (UFU)

Apresentação Musical das artistas Bruna Alves de Araujo e Kelly di Paula

Bruna Alves de Araujo, natural de Patos de Minas, é graduanda do curso de Licenciatura em Música da UFU com Habilitação em Canto Lírico. Iniciou seus estudos em canto lírico no ano de 2010 sob orientação da Prof. Me. Márcia Soares no Conservatório Municipal Galdina Correa da Costa Rodrigues (Patos de Minas). Participou da Oficina de Canto Popular sob orientação da Prof. Luciana Oliveira, Coral Infanto Juvenil e Coral Vozes, ambos sob regência de Sérgio Cunha. Em 2014 realizou seu primeiro show solo, intitulado “No ritmo do Brasil”. Desde 2015 integra o Quarteto Vocal Feminino NOS4NÓS. Durante a graduação estudou por um período de dois anos (2015-2016) sob orientação da Prof. Me. Luísa Vogt Cota. Em 2016 participou do projeto “Ópera Studio” com a coordenação da Prof. Kathryn Hartgrove (Atlanta- EUA), onde interpretou obras de Mozart e Domenico Cimarosa. Atualmente, cursa o quinto período de graduação em Música, estudando canto lírico sob orientação da Prof. Me. Poliana Alves. É bolsista vinculada à FAPEMIG onde desenvolve a pesquisa de iniciação científica, intitulada “A música na formação do indivíduo: contribuição à efetivação do ensino de música na escola regular” sob orientação da Prof. Dra. Maria Flávia Silveira Barbosa.

Kelly Di Paula ingressou na Universidade Federal de Uberlândia, em 2010, no curso de Licenciatura e complementação de Bacharelado em Violão, vindo a ter aulas de instrumento com os professores Prof. Dr. André Campos, Prof. Dr. Álvaro Henrique, Prof. Dr. Marcelo Brombilla, Prof. Dr. Sandra Alfonso e Prof. Dr. Maurício Orosco. Durante sua graduação participou de apresentações em recitais na cidade. Também participou de vários máster-classes com professores e intérpretes renomados como Judicael Perroy, Dejan Ivanovich, Marco Pereira, Johan Fostier entre outros. Participou de festivais, congressos e seminários como: Seminário Vital Medeiros (2011), MIMU (2011), II Colóquio Internacional UFU/UEVORA (2011), Concurso BDMG Jovens Músico (2012) e Segunda Musical (2013 e 2014). Em Abril de 2012 esteve em Salzburg-Áustria com o Grupo de Violões da UFU participando do lançamento do CD de Jean Goldenbaun, com a obra “May all dictators fall”. De 2012 a 2013 foi bolsista da FAPEMIG com um Projeto de Iniciação Científica na área de História da Música Brasileira sob a orientação do professor Silvano Baia. Formou-se em Licenciatura em Outubro de 2014 e em Bacharelado em Dezembro de 2015, neste mesmo ano atuou como professora de violão no Conservatório Estadual de Música “Cora Pavan Capparelli”. Desde 2012 é membro do naipe de contraltos do Coral da UFU, sob a orientação de Edmar Ferretti e Jôfre Goulart. Atualmente cursa o segundo semestre do Mestrado em Música da UFU na área de Musicologia sob orientação do Prof. Dr. Silvano Baia com o tema: “A trajetória artística de Edmar Ferretti: histórias e memórias”.

 Apresentação Musical de Luiz Salgado

Luiz Salgado é uma cantador do cerrado mineiro. Desenvolve um trabalho fincado na expressão musical arraigada no Brasil profundo, na música que emana do que há de mais autêntico e genuíno da tradição das festas populares, da folia de reis, do congado e da viola caipira. No seu ofício de cantador faz de sua viola não só um instrumento musical de trabalho, mas também uma ferramenta de combate. Com seus acordes, ponteados e versos, canta o cerrado, o mato, a prosa, o causo, tornando sua música uma atitude diante da cultura e da vida, imprimindo uma maneira de ver o mundo e celebrar a beleza da tradição, da natureza, dos costumes e do folclore dessa região de Minas Gerais.

Livros lançados no IV CID:

  • WANDERLEY, C. M. Multilinguismo no Mundo Digital: Trajetórias Iniciais. Campinas: Centro de Lógica e Epistemologia/UNICAMP, 2017.

  • NASCIMENTO, L. (Org.) Análise do Discurso: Da Teoria ao Ensino de Língua Portuguesa.  1. ed. Saarbrücken, Alemanha: NEA Editores, 2017.Novas

  • NASCIMENTO, L.; MEDEIROS, B. W. L. (Org.) . Análise do Discurso e Análise Crítica do Discurso: heranças, métodos, objetos.. 1. ed. Saarbrücken, Alemanha: NEA Editores, 2016.

Anais